29 de maio de 2014

Quem vê Stipe Miocic nocauteando seus rivais no UFC e deixando-os em risco de deixar o ginásio de ambulância não imagina que, quando não está treinando e lutando, poderia ser ele quem estaria socorrendo atletas. É que mesmo com uma carreira de respeito no UFC, sétimo no ranking, o norte-americano não largou outro emprego: o de bombeiro.

Miocic hoje poderia estar se dedicando só à carreira no MMA, mas preferiu manter-se na outra função, em meio-período. E ele não tem privilégios: encara saídas para apagar incêndios e também emergências de saúde na cidade de Independence, Ohio (EUA).

"Eu mantive até hoje o trabalho de bombeiro, gosto muito. O bom é que hoje eu consigo levá-lo como algo com menos regularidade. Na verdade, trabalho duas ou três vezes por semana, então adapto a minha rotina para treinar cedo e depois ir para a ação em dias em que sou bombeiro", explicou ele, que enfrentaria Júnior Cigano, que se lesionou e foi substituído por Fabio Maldonado.

Apesar do trabalho de bombeiros trazer maior lembrança por combater o fogo, Miocic traz na lembrança um caso menos cheio de adrenalina vivo na memória.

"Uma vez fui chamado para fazer o atendimento de uma velhinha. Ela teve um ataque cardíaco e eu cheguei com meus companheiros. Ela estava morta. Mas eles me instruíram, comecei a fazer os procedimentos e, bum, ela voltou a viver ali mesmo", contou o peso pesado.

"São essas coisas que me dão vantagem na carreira de lutador. Como foi lá, eu tenho que conseguir manter a calma, analisar a situação e escolher como agir. Fica mais fácil saber como se comportar", completou Miocic.

O norte-americano de origem croata fez diversos esportes, incluindo beisebol. Mais adolescente, passou a lutar wrestling e boxe e conseguiu grandes títulos nacionais, até que foi convidado a lutar MMA.

"No começo eu não queria entrar nessa de tomar soco na cara. Mas, quando tomei eu lembro de pensar: 'não é tão ruim!'. E fui em frente". Hoje ele tem 11 vitórias e apenas uma derrota, para Stefan Struve, no UFC, em 2012. Desde então, bateu Roy Nelson e Gabriel Napão por pontos, sempre contando com um jogo muito forte em pé e o wrestling afiado.

As vitórias o levaram a virar rival de Cigano, mas ele não lamenta a troca para enfrentar Maldonado, um meio-pesado improvisado na categoria de cima.

"Eu não acho que é uma situação em que saio perdendo de qualquer maneira. Tamanho não importa, o Maldonado sempre entrega boas performances e não acho que existam lutas fáceis. Ele é duro, nunca se entrega, mas tenho minha estratégia e vou fazer o que faço", disse ele, em seguida analisando o duelo contra o ex-pugilista brasileiro. "Ele acha que é melhor no boxe e eu acho que sou melhor. Eu gosto mais de manter a distância, enquanto ele é brigador. Mas não vejo problemas em manter a luta na trocação."

O UFC de São Paulo neste sábado, conta ainda com as finais do TUF Brasil 3, nas categorias médio e pesado. O show começa às 19h com o card preliminar, e o card principal está marcado para as 23h.


Fonte : 
http://esporte.uol.com.br/mma/ultimas-noticias/2014/05/29/lutador-bombeiro-ja-ressuscitou-velhinha-mas-nao-vai-ter-do-de-maldonado.htm

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